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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

BRT - Belém: sonho de um passageiro suado e um ciclista atrasado!

As obras do BRT - Belém são uma miragem, um sonho, que, como contribuintes de Belém, vemos passar todos os dias sem que as autoridades competentes minimamente executem a obra com a devida qualidade. A história do BRT começou confusa, às pressas, nas mãos do prefeito anterior, Duciomar Costa e como era de se esperar, o prefeito atual, Zenaldo Coutinho, alegou uma série de questões para paralisar e depois retomar a obra. Neste meio, a Caixa Econômico Federal fez uma série de exigências técnicas, de projeto, para que o dinheiro fosse liberado... o restante desta novela acompanharemos a seguir, por meio de fotos feitas por mim nas últimas semanas. Vamos verificar como a obra esta sendo mal executada, os sérios problemas encontrados  no trecho pronto, a falta de funcionamento das estações, entre outros problemas:

Apesar da promessa (mais uma), a maioria das estações do BRT - Belém estão fechadas e sem previsão para abertura. A última promessa era que estariam funcionando em agosto, já estamos em novembro e nada.

Em algumas Estações, as paradas são próximas as travessias e das paradas dos ônibus comuns, como esta da Marambaia. Outras estações não estão conectadas, as paradas são distantes e os pontos de travessia também, ou seja, o que seria para facilitar, será mais um transtorno para os usuários. Você ganha tempo na viagem e perde andando até a Estação, como da Marinha (ainda fechada). 

Administrativamente, a Prefeitura ainda não mostrou capacidade técnica de manter os espaços já entregues. No trecho pronto, as praças estão abandonas e, como se vê na foto, tem mato pra todo lado. 

Os separadores de fluxo já se foram em muitos trechos, antes era uma feia barreira de concreto, as atuais peças amarelas já sumiram em muitos trechos, como este na avenida Almirante Barroso.

Nas proximidades da Estação São Brás, o destaque seria o Monumento Magalhães Barata, também abandonado.

A Estação São Brás esta integrada ao Terminal Rodoviário de Belém, uma pena que a Estação não se conecta com quase nada.

Algumas poucas linhas param na Estação São Brás, apenas se conectando ao BRT... enquanto isso o bilhete único, integração com as demais linhas estão projetadas nos intermináveis estudos da SEMOB (Uma pergunta: estes estudos não foram feitos antes de se dimensionar as Estações?)

Alguns trechos das obras do BRT possuem ciclovias, mas uma vez desconectadas, como no caso das Av. Almirante Barroso e Augusto Montenegro, quando se chegada no Entroncamento pela ciclovia não há conexão.

As faixas dos ônibus expressos foram mal dimensionadas, a separação fica muita próxima ao fluxo de veículos. Nas curvas, os veículos ficam muito próximos a grade e qualquer desatenção, ocorre o que vemos acima, as cercas são destruídas. 

Perdemos três chances de fazer a obra de forma correta, primeiro no planejamento, despois na fiscalização e em seguida na execução. No caso desta rampa de acesso para cadeirantes, era para estar no mesmo nível da sarjeta, mas o que vemos é um batente elevado. Será que o pedreiro que executou a obra não pensou - "será que uma cadeira de rodas passa bem por aqui"?

Nas ciclovias ocorre os mesmos problemas, batentes em quase todas as descidas, um absurdo. Será que quem executou a obra não anda de bicicleta também? Isso atrasa a viagem dos ciclistas, danifica os pneus e deixa a viagem bem mais desconfortável.

Próximo a Estação Marambaia, num trecho de 100 metros existem três pontos de ônibus comuns. Um exagero!

Neste registro, verificamos que o divisor de fluxo projetado é muito estreito, causando acidentes.

Diariamente, passageiros suados aguardam nas paradas os ônibus comuns e observam o BRT passar refrigerado, na maioria das vezes vazio.

Acreditem: aqui nesta área é uma calçada e a ciclovia, mas onde esta a sinalização?

Segundo o projeto, a fiação da área seria subterrânea, mas pela sombra dos fios, somente dos postes de iluminação pública foram feitos neste formato. O restante das redes (energia, internet e telefone) continuam aéreas.

Quem projetou e/ou executou o BRT, certamente não usa o transporte público e não tem o mínimo senso de estética, funcionalidade e usabilidade. Olhem o caso acima: em frente a parada fica a ciclovia (que deveria passar atrás da parada, para não ocorrer encontro de fluxos) e depois da ciclovia o jardim, no qual os passageiros são obrigados a pisar ao subir e descer dos ônibus.

Para quem não trafega na região da Av. Augusto Montenegro, fique sabendo que as obras já se estendem ao longo dos 16km da avenida, do Entroncamento até a Agulha, nas imediações das obras do novo hospital Aberlado Santos. Um transtorno sem fim! Para os usuários do sistema, principalmente, passageiros e ciclistas, a situação é completamente absurda - ninguém entende porque estes ônibus estão a mais de um ano andando vazios diariamente, com tantas passageiros sobrando nas linhas comuns? Outra pergunta - por onde andam os vereadores de Belém?

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