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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A nova FITA, turismo pirata e os preços da alimentação no Pará!


A FITA - Feira Internacional de Turismo da Amazônia, em sua oitava edição, ocorrerá em Belém entre os dias 21 e 24 de setembro e na onda deste novo momento gastronômico vivido pela Amazônia, em especial o Pará, o evento ganhará uma nova roupagem, intitulada Festival de Turismo e Gastronomia do Pará. O evento será bem eclético, com espaços para atividades científicas, apresentações em outros estados, além das apresentações de roteiros e atrativos. 

O esforço de organização da feira é louvável, ainda mais em meio a crise econômica vivida pelo país, sobretudo pelo fato da Feira ser custeada, em parte, por recursos do tesouro estadual. Isso mostra a importância que o setor de turismo possui para a região. Contudo, aproveitando o ensejo, cabe destaque a alguns pontos que, a médio e longo prazo, diminuem os ganhos possíveis com a exposição promovida pelo evento:

A. Turismo Pirata: o crescimento do turismo irregular, pirata, no Pará esta muito elevado. Diariamente, dezenas de serviços são realizados de forma irregular na capital e no interior do estado: guias de turismo irregulares, agências piratas, veículos de turismo sem registros, estacionamentos não permitidos, custos operacionais elevados, entre outras questões de legalidade atrapalham todos os dias os operadores paraenses. Problemas causados justamente por gestores públicos como a Infraero, Secretaria de Turismo do Estado - Setur, Coordenadoria Municipal de Turismo - Belemtur, Secretaria de Mobilidade Urbana - Semob; entre outros. Sem resolvermos as questões do turismo ilegal, dificilmente teremos um retorno social mais abrangente destes investimentos.

B. Elevado preço da alimentação no Pará: recentemente, tenho acompanhado algumas reclamações de turistas em visita ao Pará, além das questões de sujeira e abandono de algumas atrações, como o Museu Paraense Emílio Goeldi e o Ver-o-rio, uma tem me chamada a atenção, os elevados valores cobrados pela alimentação no Pará. Em visita recente, um grupo de Minas Gerais, por exemplo, reclamou incisivamente sobre os preços dos restaurantes na capital paraense: 'nossa, R$ 76,00 o quilo', 'R$ 70,00 o buffet, que absurdo', entre outras reclamações, como o preço da tapioquinha e de salgados em alguns pontos turísticos. Experiências a parte, o fato é que alimentação em bares e restaurantes em Belém anda bem elevada; com grupos então, fica bem difícil agendar nos melhores restaurantes. O fato é que a cidade de Belém não fica muito atrás em termos de custo de alimentação, se comparamos com o Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, entre outros; mas em relação a Goiânia, Fortaleza e Recife, por exemplo, a capital paraense perde competitividade. Para aproveitarmos este boom gastronômico, devemos estar atentos ao custo dos nossos serviços e produtos, senão o resultado poderá ficar na ilegalidade ou simplesmente perdermos o bonde da história, como já ocorreu com o Marajó. 

A expectativa para o evento, segundo a Setur, é atrair mais de 30 mil participantes que devem conhecer um pouco mais das belezas estaduais e, esperamos, que viagem mais pelo estado! Sucesso ao evento! Mais informações em: http://www.fitaamazonia.com.br/.

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