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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Governo Federal: ao ostracismo do Turismo!

A paralisia governamental, as mudanças constantes em ministérios e a política atual tem levado o setor de turismo nacional a patamares do passado. A continuação atual da política brasileira de Turismo nos levará a resultados cada vez piores para o setor:

1. Cancelamento de voos internacionais: se o número de cancelamentos continuar, teremos a mesma situação da década de 1990, quando para sair ou entrar no Brasil tínhamos longas conexões, tarifas elevadas e quase sempre dois pontos de entrada e saída: via aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo. Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Manaus, Campinas, entre outras cidades, já perderam dezenas de rotas e frequências ao longo dos últimos meses. O número menor de voos e o encarecimento de tarifas dificultará mais ainda a inserção do Brasil no cenário internacional da atividade turística;

2. Impostos e taxas: a Governo Federal aumentou ainda mais a tributação sobre o Turismo, somente este ano tivemos o Imposto de Remessas Internacionais, de 6,5%; e mais recentemente o IOF - Imposto Sobre Operações Financeiras sobre a compra de dólar em espécie, que subiu de 0,38% para 1,10%, três vezes mais;

3. Política de visibilidade internacional: 6,3 milhões de turistas internacionais é a exposição do fracasso da política atual de atração de visitantes para o país, além claro de demonstrar um imenso potencial, contudo os últimos 10 anos não se tem alcançado os resultados esperados. A aproximação diplomática, majoritariamente,  com países latinos e caribenhos com pouco fluxo turístico para o Brasil, como Venezuela, Equador, Bolívia, Cuba; além de africanos, como Angola e Moçambique; contribuem para este resultado; 

4. Turismo Doméstico: a pouca diversificação de rotas e a pouca conectividade entre alguns mercados é outro entrave a atividade turística doméstica. Recentemente, Manaus, na Amazônia, perdeu os voos diretos para Boa Vista e Fortaleza, provocando encarecimento das tarifas e alongamento das viagens;

5. Ordenamento e Fiscalização: apesar do sucesso do Cadastur - Cadastramento de Prestadores e Empresas Turísticas do Ministério do Turismo, o Mtur não tem conseguido fazer frente as demandas de ordenamento e fiscalização da atividade em todo o país. O resultado é um crescimento desordenado da atividade e sem o correto dimensionamento, pois há muitas atividades não regulamentadas ou ocorrendo de forma completamente ilegal, como parte do guiamento e agenciamento turísticos.

A situação pode se tornar ainda mais difícil para a área nos próximos meses se a situação econômica e política do país não melhorem, voltaremos a ser uma ostra, um setor escondido da economia a ser novamente descoberto!

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